30 November 2005

Fernando Pessoa: grande fingidor

Cartola: poeta maior do samba
[30/11/1980, 25 anos] Angenor de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1908. Ganhou seu apelido de Cartola quando, como pedreiro, resolveu usar um chapéu coco para que o cimento não grudasse em seus cabelos. Seus colegas não resistiram a gozação e lhe deram o apelido. Cartola é a prova da natureza surpreendente do verdadeiro talento. Fez somente o primário e jamais conseguiu se integrar à estrutura de trabalho.
Trabalhou sempre com bicos, como pedreiro, pintor de paredes, lavador de carros, vigia de prédios e contínuo de repartição pública. Mas seu dom fez dele o maior sambista carioca de todos os tempos, com letras impecáveis e batidas deliciosas.
Na década de 20, quando os blocos de carnaval resolveram se organizar em sociedades permanentes, Ismael Silva e o pessoal do Estácio criaram uma associação que se autodenominava Escola de Samba, a Deixa Falar. Cartola, então, juntou o pessoal da Mangueira, escolheu o nome Estação Primeira de Mangueira, adotou as cores verde e rosa e também criou sua escola. Nascia assim o maior fenômeno do carnaval carioca. Em seu primeiro desfile na Praça Onze, com o samba enredo de Cartola, Chega de Demanda, a Mangueira ganhava também o primeiro prêmio do carnaval.
Apesar do sucesso de seus sambas, Cartola morreu pobre, morando numa casa doada pela prefeitura do Rio de Janeiro, em 30 de novembro de 1980.

Ideais de uma época e de um povo
[30/11/1935, 70 anos] Na Alemanha de Hitler, é concedido o direito de divórcio no caso de um dos cônjuges não acreditar nos ideais nazistas.

Grande fingidor
[30/11/1935, 70 anos] Morre o poeta português Fernando Pessoa, o mais famoso escritor português de todos os tempos. Pessoa funda, em 1925, a revista "Orpheu", que é considerada o marco inicial do Modernismo, em Portugal.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis, 14-2-1933

3:58 PM  

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