Há 150 anos nascia Artur Azevedo
[07/07/1855, 150 anos] Artur Azevedo nasceu em 7 de julho de 1855, em São Luís do Maranhão-MA. Com 15 anos escreveu sua primeira peça Amor por Anexins. Em 1873, aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro onde começou sua carreira como jornalista.
Trabalhou nos jornais "O Paiz", "Correio da Manhã", "O Século" e foi crítico teatral em "A Notícia" e fundou as revistas "O Domingo", "Revista dos Teatros", "A Gazetinha" e "O Álbum".
Suas atividades iniciais no teatro se deram, a princípio, na tradução livre e na adaptação de comédias francesas. A Filha de Maria Angu, foi seu primeiro sucesso teatral, foi uma imitação brasileira da opereta francesa "La Fille de Mme. Angot". Traduziu ao longo de sua carreira cerca de 40 peças para o teatro.
No final do século XIX, Artur Azevedo dominou o cenário teatral brasileiro.
Deixou cerca de 25 comédias, 19 revistas-de-ano e 20 operetas e burletas. Além disso, foi um dos responsáveis pela construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado logo após a sua morte ocorrida em 22 de outubro de 1908.
Sherlock Holmes
[07/07/1930, 75 anos] Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, morreu há 75 anos. Nascido numa família ilustre de origem irlandesa, Arthur Conan Doyle teve uma infância difícil, com um pai alcoólatra, que levou a família à pobreza e morreu num hospício. Os tios ricos custearam sua educação em escolas de jesuítas e, mais tarde, se formou em medicina em Edimburgo. Foi lá que conheceu Joseph Bell, o cirurgião que seria o modelo para Holmes, impressionando seus alunos com seu talento para a observação e dedução. A necessidade de dinheiro levou-o a trabalhar como médico a bordo de um baleeiro no Ártico, onde quase morreu durante uma caçada a focas. A experiência mudou sua vida.
Doyle foi para outro navio, desta vez com destino à África. Três meses depois, após um ataque de malária, uma caçada a crocodilos, um encontro com um tubarão e um incêndio no navio, ele voltou para casa e montou consultório.Entre uma consulta e outra, Doyle começou a escrever. Eram histórias sobre o Ártico e a África; sobre um estudante de medicina de Edimburgo, The Firm of Girdlestone; o primeiro romance de Sherlock Holmes, Um Estudo em Vermelho (1887); um romance de cavalaria, The White Company (1891); outro Holmes, O Signo dos Quatro, escrito em apenas um mês. Foi em 1891 que Doyle teve a idéia de escrever uma série de contos sobre o detetive, que vendeu para a revista The Strand. O sucesso permitiu que abandonasse a medicina e se dedicasse apenas à literatura, mas não a Holmes. Ele escreveu um romance histórico sobre os huguenotes e outro sobre Napoleão, mas nenhum fez tanto sucesso quanto as aventuras de Sherlock Holmes. Em 1893, a Strand ofereceu-lhe mil libras por mais doze histórias de detetive e Doyle aceitou. Na última, porém, Doyle matou seu detetive, o que revoltou o público a ponto de uma leitora agredi-lo com a bolsa na rua.
Doyle dizia que fora um homicídio justificado. Em 1902, porém, Holmes voltou em O Cão dos Baskervilles - que se passa antes de sua morte. A popularidade da história fez com que revistas oferecessem fortunas por novas aventuras e o detetive, então, ressuscitou. Até enterrar seu detetive de vez, em 1927, Doyle escreveu quatro romances e 46 contos com o personagem.
Movimento
[07/07/1975, 30 anos] Surge o semanário Movimento, lançado por uma cooperativa de jornalistas e dirigido por Raimundo Pereira. Circula até 1981, sofrendo forte censura até 1978. Assume as lutas democráticas, e populares, a oposição intransigente à ditadura, o debate de temas como a dívida externa e a Constituinte. Surge como uma dissidência do jornal Opinião, e se mantém até o ano de 1981, totalizando 334 números.
15 anos sem Cazuza[07/07/1990, 15 anos] No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro. À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade.
O Brasil saía de um longo ciclo ditatorial e vivia um clima de democracia ainda incipiente, mas suficiente para liberar as energias contidas. Cazuza desempenhou um papel importante nesse processo. E quando as misérias e mazelas nacionais foram se desnudando, ele respondeu sem meias palavras.
A expressão de sua repulsa diante desse quadro só pode ser comparada à coragem com que lutou por sua vida, no enfrentamento público da Aids. Lições de indignação e de dignidade; de como levar a vida na arte e "ser artista no nosso convívio".
Cazuza é internado em São Paulo devido a uma hemorragia interna. Submete-se a tratamentos alternativos, que incluem vacinas à base de sangue de cavalo (pouco havia a fazer na época). Cazuza morre no dia 7 de julho de 1990, aos 32 anos de idade (pesava apenas 38 quilos). Seu legado: 126 músicas gravadas por ele mesmo, 34 por outros intérpretes e cerca de 70 inéditas.
O filme "Cazuza, o tempo não para" sobre sua vida e sua obra, disponível nas vídeo locadores é imperdível para que quer conhecer seu trabalho ou relembrar e se emocionar com sua energia vulcânica. Cazuza foi um tsunami.