10 November 2006

Auto-ajuda: porrada e foda-se

Como dizia o sábio da fazendinha: o difícil não é fácil.

Li a biografia de Stalin e estou terminado a do Mao. Esses caras são super do mal e se deram bem.

Os caras do mal, terminarem bem não ferem a lógica do bem. Eles dão um balão na lógica, no bom senso, e por um tempo, até na história.

A lógica do bem é o que é bom termina bem. Se não está bem é porque ainda não terminou.

O amigo está fazendo pilotagem de avião, academia, viajando, blogando, poetando, e trabalhando bastante.
Onde está o departamento da porrada. Calma. Não estou sugerindo que saia quebrando tudo por ai. Com exceção de academia só tem trabalho para os neurônios. Tudo bem que a função desses escravos é morrer trabalhando, mas, eles são muito moças, se estressam com facilidade e fodem com a vida do camarada, se der mole.

Estou jogando tênis três vezes por semana. Estou dormindo melhor, mais calmo, comendo menos (?), boa parte da barriga ficou na quadra. Turminha boa, porrada, risadas, porrada, ponto contra, porrada, ponto a favor, porrada, reflexo, corrida, porrada, pique alem do limite, porrada, risada. Ducha, muita água, cansaço, leveza, corpo dolorido, dorflex, satisfação, cama. Dia seguinte, as dificuldades de sempre continua atravancando nossa caminhada, as dores e o cansaço do dia anterior também. Para o pessimista, mais um problema, para o otimista, as lembranças de um momento prazeroso.

Momentos prazerosos certamente fazem nosso dia mais leve...

Tenho escapado de algumas armadilhas neuronais diárias com um bom FODA-SE e PORRADA.

01 November 2006

Psiquiatria: ciência ou curandeirismo?

Vertebrados, sangue quente, mamíferos. Características de vasto universo de animais racionais ou irracionais. Quem somos nesse reino? Fácil: pensamos, portanto somos racionais. Os que não pensam são irracionais. Simples.

Racional é o que está a interessar em nosso escrito. Pensamos, temos afetividade, avaliamos os nossos interesses frente às opções que temos e nos portamos de acordo com os objetivos a serem atingidos dentro de padrões sociais geralmente aceitos. Objetivos emocionais, econômicos, comerciais, sociais, etc.

Como ficamos quando alguma coisa falha no departamento racional. Quando os laços fortes da afetividade se rompem. Quando as regras de convivência em sociedade deixam de existir momentaneamente ou definitivamente por falha da máquina. Mudamos de categoria, nos tornamos irracionais. Passamos a responder instintivamente. Nos aproximamos do comportamento das feras da floresta.

Nesse estado emocional a que leis sociais estamos subordinados. As leis do homem, ou as da selva. Não estou falando de manicômio, de casa de loucos. Falo de anomalias dentro de casas de família, na rua, no restaurante, no transito. De gente que pode estar ao nosso lado. De gente que em uma primeira olhada é tão normal quanto qualquer um de nós. A casca que se apresenta não exterioriza o vulcão em ebulição interiorizado, pronto a explodir mediante um pretexto qualquer.

Gente doente, freguesia dos psiquiatras. A química usada pelo profissional é variada e poderosa, capaz de amansar qualquer besta fera. Amansar, sim, curar, quase nunca. Freguesia difícil de curar, de amansar. Olhando meio de longe se tem a impressão, de que se não houver uma boa dose de sorte, a vítima, receberá tantos diagnósticos e kits químicos quantos profissionais consultar, até que consiga quando consegue, ter seus demônios acalmados. Chega a ser rotina, principalmente nas vítimas das classes menos favorecidas pela sorte, terem seus miolos transformados em suco.

O reino da psiquiatria equivale ao reino de justiça, ambos são cegos, com um atenuante a favor da justiça: com um pouco mais ou um pouco menos de justiça, a vida pode seguir em frente sem grandes transtornos. Quanto aos transtornos psiquiátricos, dependendo de sua morbidez, as conseqüências da falta de luz ou incompetência dos curandeiros modernos, são terríveis para todos, vítimas, familiares e sociedade. Vale ressaltar o perigo que os cidadãos com seus freios de afetividade destravados representam. Verifique-se o grau de sanidade de nossa clientela carcerária.

Na falta de melhor alternativa, fica aqui o desabafo de um familiar em uma tela de computador surda.