28 September 2005
25 September 2005
Fui
Vou-me embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Coragem
[25/08/1965, 40 anos] A PUC-SP inaugura o auditório do Tuca com o auto da denúncia e esperança Morte e Vida Severina, versos de João Cabral de Melo Neto, música de Chico Buarque.
18 September 2005
15 September 2005
Ninguém desconfiou da merda que ia dar
[15/09/1935, 70 anos] O Congresso do partido nazista promulga as Leis de Nuremberg — que determinam a exclusão total dos judeus da vida social, econômica e política da Alemanha.
10 September 2005
01 September 2005
Acharam o navio, fizeram o filme, sucesso
[01/09/1985, 20 anos] Uma equipe franco-americana chefiada pelo cientista Robert Ballard localizou o transatlântico Titanic, que naufragara em 1912, a cerca de quatro mil metros de profundidade, num local distante seiscentos quilômetros de Terra Nova, no Canadá. O Titanic, orgulho da engenharia naval do começo do século, fora dado como insubmersível por seus construtores, a firma inglesa Harland & Wolff. Mas em sua primeira viagem, que o levaria de Southampton, na Inglaterra, a Nova York, naufragou depois de se chocar com um iceberg. Dos dois mil passageiros e tripulantes, 1.503 morreram no acidente.