20 November 2011

Um pouco de mim

Na ordem natural das coisas políticas procuro ser um cidadão atento. Acho que o dinamismo da política exige uma atenção constante e uma reavaliação de idéias igualmente dinâmica.

Procuro votar sempre no melhor candidato. Nem sempre isso é possível. Então acabamos votando no menos pior. Procuro candidatos que proponho uma forte atuação no social, um governo mais focado nos mais carentes, na redução das desigualdades sociais. Mesmo porque todos juram e repetem à exaustão sua honestidade, preparo, e boa historia de vida.

O governo da Dilma está sendo bom ou mal. Não sei. Essas coisas é a história que julga. A sua atuação está sendo correta. Os seus colaboradores que não agem com a honestidade necessária, as instituições (imprensa, política, estudantes, etc) os está descartando do governo. Não senti em nenhum momento nenhuma defesa intransigente deste ou daquele. Fez merda, fora.

Nas grandes democracias, o Brasil é uma delas felizmente, quem ganha as eleições governa. Quem perde fiscaliza, vira oposição. A Dilma governa com seus partidos aliados. Os partidos aliados indicam os seus membros que devem participar do governo. A presidenta aceita as indicações ou não após pesquisa de ficha corrida no SNI. Nenhum maluco indicaria um bandido, nenhum serviço de informação aprovaria e nenhum chefe de governo daria um ministério a esse bandido. Se no exercício do cargo o cidadão se mostra de pouca confiança, as próprias instituições o cospem fora.

Na política admiro poucas pessoas. Destaco duas: JK e Lula, por razões não muito diferentes. Lula, filho de mãe analfabeta, criado sem pai, começou a trabalhar muito cedo, estudou do jeito que deu, achou uma profissão como poderia ter achado uma bandidagem, construiu uma vida digna. Se a frase acima começasse com Artur em vez de Lula ela também estaria correta. As coincidências continuam: como ele, tenho as minhas dificuldades no falar e no escrever. De certa maneira a maioria dos preconceitos pessoais contra ele, às vezes me pegam um pouco.